Dúvidas Frequentes

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Por que os dentes se movimentam?

O movimento dos dentes através da ortodontia é bastante simples. Quando colocamos uma pressão sobre um dente através de um braquete e um fio metálico, esta pressão é transmitida para a raiz do dente. A raiz é sustentada através de osso e de um ligamento fibroso chamado ligamento periodontal. A pressão provoca uma compressão do ligamento periodontal de um lado e a extensão do ligamento periodontal do lado oposto. No lado da compressão, algumas células chamadas osteoclastos começam a reabsorver o osso. No lado que sofre a extensão do ligamento, células chamadas osteoblastos começam a depositar novo osso. O processo de reabsorção de osso é mais rápido do que o processo de deposição óssea, razão pela qual os dentes, durante o movimento ortodôntico, parecem moles e, às vezes, dão a impressão de que podem cair. Este também é um dos motivos pelos quais a contenção após o tratamento ortodôntico é tão importante para permitir a formação de novo osso em volta do dente, proporcionando mais estabilidade para o mesmo.

Quando os dentes não são mantidos limpos, algumas bactérias podem penetrar no ligamento periodontal, causando infecção e levando a uma perda de osso e ligamento. Uma bolsa é então criada atraindo mais bactérias. Estes problemas devem ser tratados por um periodontista. Doenças das gengivas e do osso que sustenta os dentes devem ser tratadas antes do tratamento ortodôntico. O movimento dentário torna a doença periodontal mais séria.

Por que sentimos dor?

Antes de iniciarmos nossa discussão sobre dor, acredito que é interessante ter uma definição do que seja dor. Holmer considerava que a dor era devida a flechas arremessadas pelos deuses. Aristóteles considerava a dor como sendo uma paixão da alma que, de certo modo, resultava da intensificação de outra experiência sensorial. Platão alegava que a dor e o prazer surgiam do interior do organismo, dando origem ao conceito de que a dor é uma experiência emocional mais do que um distúrbio corporal localizado. A Bíblia faz referência à dor não apenas como decorrência de lesões e doenças, mas também como uma angústia da alma. Freud desenvolveu a idéia de que os sintomas físicos poderiam resultar de processos do pensamento. Atualmente a dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano tecidual ou potencial ou ainda descrita tal como se o dano estivesse presente.

Chamamos dor secundária a dor que está localizada em qualquer outro local fora da área de desconforto. É uma experiência frustrante para o clínico quando a odontalgia prossegue muito depois do tratamento dentário correto ter sido realizado. Existem estruturas na cabeça e no pescoço que podem produzir dores secundárias sentidas nos dentes. Este tipo de dor pode ser diferenciado por provocação local e uso seletivo de anestésico local. Os locais mais comuns a partir dos quais a dor pode ser referida para os dentes incluem músculos da mastigação, ouvido, seios da face e coração. Conhecer as características da dor de cada uma destas alterações é uma chave essencial para o diagnóstico e, por conseguinte, para o tratamento adequado.

Para descobrirmos a origem da dor dentária, o mais importante é procurar um profissional habilitado, neste caso, o dentista, para que seja realizado o diagnóstico e o tratamento adequado, visto que as origens das dores dentárias podem ser as mais diversas.

A causa mais comum da dor na cavidade bucal é a doença inflamatória da polpa dentária ou dos tecidos periodontais. A dor originada nos dentes pode ser referida ou irradiada para outras estruturas e a dor de origem não-dentária pode ser referida ao dente. Síndromes de dor crônica e dores psicogênicas podem algumas vezes manifestar-se como dor de dente. Deste modo, em caso de dor, o ideal é sempre procurar um profissional para tratá-la, ao invés de utilizar paliativos, visto que um problema cardíaco, por exemplo, pode originar uma dor de dente e um diagnóstico preciso pode salvar a vida do paciente.

O que é ATM?

ATM é a abreviação de articulação tempomandibular. É o local onde a mandíbula contata o crânio. Entender um pouco sobre as ATMs é importante porque elas podem ser traumatizadas por contatos errados entre os dentes. As ATMs devem estar em harmonia com os dentes para funcionarem perfeitamente. Alguns adultos sofrem de severas dores nas articulações devido ao fato de os dentes estarem mal posicionados, desviando a mandíbula da sua posição normal. Porém, deve ficar claro que não somente os dentes contribuem para os distúrbios nas ATMs. Outras causas de origem diversa podem provocar distúrbios nessas articulações. Quando as causas dos distúrbios nas ATMs são de origem dentária, podem ser tratadas de maneira eficiente através da ortodontia e de placas reposicionadoras e miorrelaxantes.

Caso eu quebre o aparelho, o que devo fazer?

Você deve imediatamente ligar para seu ortodontista para que ele providencie o conserto o mais breve possível.

Os aparelhos ortodônticos causam cáries?

Não, caso as instruções dadas sobre higiene sejam seguidas rigorosamente

Existe diferença entre tratamento com aparelhos fixos e removíveis?

Os aparelhos removíveis servem para a realização de pequenos movimentos dentários e modificações de crescimento em crianças. Utilizá-los para grandes correções não seria uma boa indicação na ortodontia moderna. Os aparelhos fixos, no entanto, são indicados para quase todos os problemas e são mais eficientes na realização dos movimentos dentários. Na finalização dos tratamentos, os aparelhos removíveis são indicados como aparelhos de contenção.

Após a conclusão do tratamento ortodôntico eu terei que extrair meus sisos?

Nem todos os terceiros molares precisam ser removidos. Caso não haja espaço suficiente para eles, ou os mesmos estejam mal posicionados, os ortodontistas poderão indicar a sua extração. Se eles estiverem bem posicionados, com espaço suficiente e não forem atrapalhar algum procedimento ortodôntico, não há motivo para extraí-los.

Os dentes do siso ou terceiros molares causam problemas de amontoamento dos dentes da frente?

Segundo dados de pesquisas atuais, os terceiros molares não são capazes de provocar apinhamento anterior (dentes da frente amontoados).

O que é cirurgia ortognática?

Cirurgia ortognática é a cirurgia para correção dos maxilares. A posição dos dentes e dos ossos pode estar além da possibilidade de correção apenas com aparelhos ortodônticos. Quando a maxila e/ou a mandíbula são muito grandes ou muito pequenas em relação à face ou em relação uma à outra, a correção torna-se impossível para o ortodontista. No entanto, trabalhando em conjunto com um cirurgião, resultados satisfatórios podem ser alcançados. Um exemplo muito comum deste tipo de problema são pessoas muito queixudas. O tratamento nesses casos costumava ser muito complicado, mas, com o advento da cirurgia ortognática, eles se tornaram viáveis.

Se você tem um problema grave de má oclusão, o primeiro passo é procurar um ortodontista. Caso seu problema precise de cirurgia ortognática, o ortodontista e o cirurgião indicarão o melhor tratamento. Inicialmente, parece muito sério falar em cirurgia dos maxilares. Realmente é. Mas não se vai passar o resto da vida com uma deformidade facial que pode ser corrigida. O paciente pode sofrer um pouco durante a cirurgia e o período de convalescença, mas terá o seu problema resolvido. As técnicas cirúrgicas estão muito desenvolvidas e, quando realizadas por um cirurgião devidamente especializado, não apresentam problemas.

O que eu devo fazer para meu tratamento dar certo?

Quanto mais você se esforçar, mais rápido seus dentes irão se mover, e os resultados do tratamento serão melhores (nunca se descuide da importância da escolha de um ortodontista capacitado para tratar o seu problema). Ligue para o Conselho Regional de Odontologia – CROBA, nos telefones (71) 338-1301/1300, e procure saber se seu dentista é um especialista em ortodontia. O caminho para um grande sorriso pode parecer difícil inicialmente, mas, no final do tratamento, certamente você ficará muito satisfeito com o resultado. Portanto, seguir as orientações do seu ortodontista é sempre muito importante para o sucesso do seu tratamento.

Nunca deve ser esquecido:

Resultado = Cooperação

Quanto melhor o paciente for, mais rápido será o tratamento e melhores serão os resultados.

Para você ser o melhor paciente é necessário:

Seguir as instruções, nunca faltar às consultas e dar o melhor de si.

Após a conclusão do tratamento eu ainda terei que usar algum tipo de aparelho?

Sim. A modificação de um padrão morfológico (padrão genético do posicionamento dos dentes e ossos da face) exige a contenção para evitar que o problema volte. Para isto são usados aparelhos removíveis ou colados na parte de trás dos dentes, por um tempo indeterminado, a depender do tratamento efetuado e da adaptabilidade do paciente à correção.

Qual a duração de um tratamento ortodôntico?

A duração de um tratamento ortodôntico depende do tipo de problema, da  capacitação profissional e da cooperação do paciente. O melhor  profissional nunca resolverá um problema ortodôntico sem a cooperação do  paciente. O problema ortodôntico também não poderá ser solucionado caso  você não procure um especialista na área. Tratamentos bem conduzidos em  pacientes cooperadores duram em média dois anos. Casos mais complexos  podem chegar a quatro anos.

Existe uma idade específica para correção dos problemas de mau posicionamento dentário?

O ideal é começar o tratamento ortodôntico cedo, ainda criança,  principalmente se houver uma necessidade de modificação no crescimento  dos ossos maxilares. O tratamento em adultos apresenta resultados muito  eficientes, porém, nos casos em que seja necessária a modificação dos  ossos da face, a combinação da ortodontia com a cirurgia ortognática  (cirurgia dos ossos da face) é imprescindível para a correção absoluta  do problema.

Durante o tratamento ortodôntico eu sentirei alguma dor?

Você deve esperar alguma dor associada ao tratamento ortodôntico; contudo, leve e suportável. Na nossa clínica, nós nunca tivemos que anestesiar nenhum paciente para realizarmos qualquer procedimento ortodôntico.

Basicamente, existem dois tipos de dor associada ao tratamento ortodôntico. Primeiramente, os dentes podem ficar doloridos quando você coloca pressão sobre eles através da aparelhagem ortodôntica. Em três ou quatro dias, normalmente, esta dor passa e o paciente ficará o resto do mês praticamente sem dor. Quando o aparelho for ativado novamente, o processo da dor se repetirá por mais três ou quatro dias. Durantes estes três primeiros dias o paciente deve se alimentar com alimentos mais moles e, caso esteja incomodando um pouco mais, pode tomar um analgésico (ex.: Tylenol). O segundo tipo de incômodo que os aparelhos ortodônticos podem causar é a irritação de lábios e bochechas. O aparelho ortodôntico costuma irritar os lábios e as bochechas por ser um pouco áspero e por ser um corpo estranho na boca. A natureza, no entanto, proporciona uma adaptação para esta situação espessando a parte interna dos lábios e das bochechas durante o tratamento, o que faz com que a irritação e o incômodo passem em uma ou duas semanas.

Quais são os riscos do tratamento ortodôntico?

Cáries, doenças das gengivas e manchas nos dentes podem ocorrer em pacientes que comem alimentos ricos em açúcar ou não escovam seus dentes adequadamente.

Em alguns pacientes pode ocorrer o encurtamento das raízes dos dentes durante o tratamento. Normalmente, este fato não apresenta conseqüências clínicas. Deste modo, deve-se avaliar este encurtamento radicular o mais precocemente possível, através de radiografias semestrais.

Dentes anquilosados (soldados ao osso) não se movimentam. Muitas vezes é impossível identificar um dente que esteja nesta situação, mesmo através de radiografias. Caso se note este problema, seu ortodontista lhe informará sobre a limitação do tratamento e as alternativas para melhor tratar o seu caso.

As alterações ortopédicas (alterações no tamanho do osso) algumas vezes não são possíveis de serem realizadas, mesmo o paciente estando em crescimento, devido à resposta biológica não favorável do mesmo.

Casos que necessitem disjunção palatina podem causar dor e desconforto ao paciente, bem como traumatismo na mucosa do palato, o que é facilmente resolvido. Algumas vezes pode ocorrer a não-disjunção palatal, criando a necessidade de tratamento ortocirúrgico (associação da cirurgia com a ortodontia) ou mudança no plano de tratamento para o problema.

Se o paciente já possuir problemas periodontais (gengivas sangrantes e inchadas), estes podem ser agravados pelo tratamento ortodôntico. Normalmente esta situação é facilmente percebida pelo dentista e pelo paciente. Não é indicado tratamento ortodôntico antes que o problema periodontal esteja sob controle.

Os dentes tendem a mudar de posição após o tratamento ortodôntico. Normalmente, são apenas pequenas mudanças que podem ser reduzidas com o uso de aparelho de contenção (aparelho removível colocado após o tratamento ortodôntico). Durante toda a vida a mordida pode mudar devido a hábitos orais, respiração bucal, alterações no crescimento, envelhecimento da dentição e da face e outros fatores que fogem ao controle do ortodontista. Por isto, o único modo de manter os dentes permanentemente na posição da conclusão do tratamento, ou próximo a ela, é o uso contínuo da contenção.

Os pacientes com má oclusão podem ter grande potencial de desenvolver problemas da articulação temporomandibular, o que pode se tornar evidente antes, durante ou após o tratamento. Estes problemas podem incluir dores na articulação, de ouvido ou dores de cabeça. O tratamento ortodôntico pode remover as causas dentárias que produzem estas desordens, mas não as causas de origem sistêmica ou geral.

O tratamento ortodôntico às vezes agrava a condição de dentes previamente traumatizados ou com grandes restaurações, o que pode levar a um comprometimento do nervo do dente. Em raras circunstâncias, há a necessidade de tratamento endodôntico (tratamento de canal) do dente comprometido.

Alergias a medicamentos e a materiais ortodônticos podem ocorrer durante o tratamento. Se o paciente tem conhecimento destes fatos, os mesmos podem ser evitados. Mas se eles são desconhecidos pelo paciente e, conseqüentemente, também pelo profissional, é impossível prever qualquer reação.

Algumas vezes materiais ortodônticos podem ser acidentalmente engolidos ou aspirados ou podem causar irritação à mucosa oral. O aparelho extrabucal pode causar danos à face e aos olhos. Porém, se o paciente for cuidadoso e seguir todas as instruções dadas, a possibilidade de isto acontecer é muito rara.

Ocasionalmente, mudanças inesperadas e anormais podem alterar o crescimento dos maxilares, bem como o tamanho e a forma dos dentes podem limitar as possibilidades de se conseguir um resultado adequado. Se o crescimento se tornar desproporcional, a mordida pode mudar, requerendo tratamento adicional e, em alguns casos, cirurgia ortognática (cirurgia dos ossos da face). Desarmonias de crescimento estão além do controle do seu ortodontista.

Braquetes cerâmicos podem ocasionalmente produzir fraturas de esmalte e desgastar o dente antagonista quando usados nos dentes inferiores. Pedaços dos braquetes cerâmicos podem se soltar e serem engolidos ou aspirados.

O diagnóstico inicial pode ser revisado posteriormente ao início do tratamento e mudado devido a fatores biológicos que fogem ao controle do ortodontista. A mudança no tratamento pode incluir cirurgia nos casos mais severos ou simplesmente um maior tempo de tratamento. Se houver alguma mudança no plano de tratamento, seu ortodontista irá discutir com você e propor a melhor solução para o problema.

Diminuição do comprimento da raiz (reabsorção)

Quais são os benefícios do tratamento ortodôntico?

O objetivo do tratamento ortodôntico é colocar os dentes em suas corretas posições, melhorando a distribuição de forças durante a mastigação e protegendo, deste modo, as raízes dos dentes, o osso de suporte, o tecido gengival e a articulação temporomandibular (articulação próxima ao ouvido). O correto alinhamento dos dentes ajuda na manutenção de uma boa higiene bucal e, conseqüentemente, na diminuição do risco de cárie e de doença periodontal (doenças das gengivas). Além disso, o sorriso vai ficar mais agradável e atrativo.

A intensidade destas melhoras vai depender das condições iniciais de cada caso e muito da resposta individual ao tratamento ortodôntico. Esta resposta é previsível, embora desconhecida, e depende das condições biológicas e de envolvimento e participação do paciente no processo. Porém, um prognóstico é possível, e vai ser fornecido sem o compromisso de ser exato, o que é característica de toda atividade na área de saúde.

Quais os problemas que o mau posicionamento dentário pode ocasionar?

Dentes protrusos, irregulares e mal alinhados podem causar basicamente três tipos de problemas para os pacientes. Neste artigo, gostaríamos de discutir estes três grupos de problemas, de modo a trazer esclarecimento sobre a importância da ortodontia na saúde geral do indivíduo.

O primeiro grupo se constitui de problemas psicossociais. Um grande número de estudos tem mostrado que a má oclusão pode causar problemas sociais. A caricatura de pessoas não muito inteligentes algumas vezes aparece com os dentes protrusos (para frente). A expectativa dos professores é melhor em relação aos alunos que possuem seus dentes bem alinhados. Deste modo, não existe dúvida que o posicionamento dos dentes afeta a adaptação do indivíduo à vida e à sociedade. Nos consultórios ortodônticos, os pacientes procuram tratamento principalmente para minimizar seus problemas psicossociais relativos a aparência dental e facial.

O segundo grupo é formado por problemas nas funções orais. Adultos com mau posicionamento dentário normalmente relatam problemas na mastigação e, após a sua devida correção, ressaltam que suas deficiências mastigatórias foram muito melhoradas. Problemas na deglutição também ocorrem devido a uma tentativa de adaptação do organismo à má oclusão. Problemas articulares, musculares e de atrição excessiva dos dentes são relatos comuns em portadores de má oclusão.

O terceiro grupo de problemas são os relativos aos traumatismos dos dentes da frente e às doenças nas gengivas. Dentes da frente protrusos têm três vezes mais chance de se fraturarem do que dentes bem posicionados. As estruturas de suporte dos dentes (gengiva e osso alveolar) são mais propensas a doenças em pessoas com dentes mal alinhados.

Os aparelhos ortodônticos produzem alguma alteração na face?

Algumas pessoas não sabem que a posição dos lábios e do queixo pode ser afetada pela posição dos dentes. Os lábios proeminentes podem ser sinal de dentes muito para fora. Outras pessoas não percebem que seus lábios estão muito protrusos porque convivem com eles há muitos anos e já se acostumaram a esta condição. A posição dos dentes algumas vezes nos dá a chance de melhorar o perfil do paciente sem a necessidade de uma cirurgia plástica. Deve-se lembrar que a posição dos lábios e o perfil são determinados geneticamente e por características étnicas. Deste modo, o ortodontista fará o melhor para obter o que o paciente deseja.

Por vezes o perfil pode ser melhorado através de procedimentos cirúrgicos como o aumento ou a redução do queixo, o recontorno do nariz, o aumento e a diminuição de certas partes do rosto. A ortodontia, associada à cirurgia ortognática, pode produzir transformações maravilhosas em seu rosto. Consulte um ortodontista e saiba o que poderá ser modificado.

Eu devo ou não extrair dentes para fazer o tratamento ortodôntico?

Algumas vezes, ao avaliar o paciente e seus exames, o ortodontista percebe que não é possível colocar os dentes nas posições corretas devido à falta de espaço para isto. O ortodontista, então, tem que determinar o que precisa ser feito para a solução do problema. Os dentes e as arcadas são medidos, bem como o paciente é cuidadosamente examinado para definir se alguns dentes serão extraídos ou não.

Apesar de todos os ortodontistas preferirem não extrair dentes, isto nem sempre é possível para o alcance de um resultado satisfatório. Resultado satisfatório significa dentes bem alinhados, com boa aparência, funcionando bem e estáveis. A indicação de extração ou de não-extração só poderá ser dada após o diagnóstico por um ortodontista devidamente especializado.

Por que tantas pessoas têm dentes tortos?

De acordo com a Associação Americana de Ortodontia, 66% da população apresenta problemas de mau posicionamento dentário. É interessante notar que estudos arqueológicos indicaram que a incidência atual é muitas vezes maior do que há poucos séculos. Apinhamento e dentes mal alinhados eram raros até recentemente. Os problemas predominantes eram de desarmonia no tamanho dos ossos maxilares, como, por exemplo, o queixo muito para frente.

A partir destes dados, algumas teorias surgiram tentando explicar este aumento no índice de mau posicionamento dentário. A primeira delas é que os maxilares no homem moderno são subdesenvolvidos, ou seja, menores em relação aos povos primitivos. É fácil concluir que esta redução progressiva dos ossos, não associada à diminuição do tamanho dos dentes, poderia levar ao mau alinhamento destes, devido à falta de espaço para os mesmos.

A segunda teoria baseia-se na hipótese de que a mastigação só de alimentos macios levaria ao não-desenvolvimento do aparelho mastigatório. Esta conclusão foi tirada a partir de estudos que notaram uma prevalência de má oclusão entre as populações urbanas, comparadas com as populações rurais com hábitos alimentares mais naturais.

Uma terceira teoria afirma que o aumento de cáries e de doenças nas gengivas, devido a uma dieta rica em açúcar, leva, em conseqüência, à perda de alguns dentes, que pode estar diretamente relacionada ao não-estabelecimento de uma oclusão (posicionamento entre os dentes) correta, devido ao desequilíbrio causado pela perda precoce dos dentes.

Mas, hoje, o que se sabe realmente sobre o problema de mau posicionamento dentário? O primeiro fato é que a má oclusão é causada primariamente por fatores genéticos. A grande mistura entre as raças, com tamanhos variados de dentes e maxilares, levaria a um desequilíbrio nas proporções entre dentes e ossos. Também se notou que os problemas dos pais algumas vezes se repetem nos filhos. O segundo fato é que características ambientais como respiração pela boca, projeção da língua ao engolir, dieta macia, hábitos como chupar o dedo e/ou a língua, roer unhas e o uso de mamadeira contribuem em parte para o estabelecimento da má oclusão.

Com base nestas teorias, podemos dividir as causas das más oclusões em dois grandes grupos: as anomalias hereditárias e as anomalias adquiridas.

Anomalias Hereditárias

De acordo com os conhecimentos atuais, os seguintes tecidos podem ser afetados primariamente por deformidades faciais transmitidas geneticamente:

Sistema Neuromuscular

As anomalias no sistema neuromuscular são primariamente anomalias de tamanho, posição, tonicidade, contratilidade e coordenação neuromuscular dos tecidos faciais, orais, da língua e da musculatura.

Graves deformidades podem ocorrer devido a uma macroglossia (língua grande) ou uma microglossia (língua pequena). O formato dos lábios, bem como a sua capacidade de fechamento anterior, tem grande importância no desenvolvimento facial. Algumas condições musculares atípicas como atrofia e hipertrofia da musculatura podem causar má oclusão.

Dentição

Alguns aspectos da dentição são geneticamente determinados, por exemplo:

Tamanho e forma dos dentes

Desvios no tamanho e na forma dos dentes são causas comuns das más oclusões. O tamanho dos dentes, em comparação com os ossos que os suportam, pode determinar apinhamentos severos ou espaços generalizados entre eles.

Número de dentes

A ausência de certos dentes ou a presença de dentes supranumerários podem causar desequilíbrios na harmonia entre os arcos dentários.

Defeitos genéticos na mineralização dos dentes, como a dentinogênese imperfeita e a amelogênese imperfeita, podem causar distúrbios sérios na forma e na estrutura dos mesmos. Caminho de erupção, localização dos germes dentários e seqüência de erupção dos dentes apresentam grande influência genética.

Ossos

Alguns fatores genéticos afetam os ossos da mandíbula e da maxila e outros ossos faciais, causando as displasias ósseas hereditárias. As principais influências genéticas são no tamanho, na forma, na localização e no número dos ossos da face. Macrognatia (mandíbula grande) e micrognatia (mandíbula pequena) são causas comuns do retrognatismo e do prognatismo. O formato dos ossos pode causar assimetrias faciais. Algumas síndromes que afetam as estruturas ósseas, como a disostose mandibulofacial, a disostose maxilofacial, a disostose cleidocraniana e a síndrome de Crouzon, podem causar sérias deformidades faciais.

Má oclusão esqueletal

O prognatismo mandibular e os problemas de classe II segunda divisão são atribuídos a uma herança dominante, quase sempre transmitidos através de fatores poligênicos. A variedade de expressão de uma má oclusão em uma família é devida ao envolvimento de diferentes grupos de genes e fatores do meio ambiente. De acordo com o conhecimento atual, os seguintes problemas de má oclusão são hereditários: classe II divisão II, prognatismo mandibular, biprotrusão, mordidas abertas esqueléticas e retrognatismo mandibular.

Tecidos moles

O prognatismo mandibular e os problemas de classe II segunda divisão são atribuídos a uma herança dominante, quase sempre transmitidos através de fatores poligênicos. A variedade de expressão de uma má oclusão em uma família é devida ao envolvimento de diferentes grupos de genes e fatores do meio ambiente. De acordo com o conhecimento atual, os seguintes problemas de má oclusão são hereditários: classe II divisão II, prognatismo mandibular, biprotrusão, mordidas abertas esqueléticas e retrognatismo mandibular.

Anomalias Adquiridas

Problemas durante a gestação

Existem alguns problemas de má oclusão, adquiridos durante a gestação, que são denominados anomalias congênitas. Em muitos casos, a causa do problema não pode ser determinada. Outros problemas, no entanto, foram incluídos como causa de algumas displasias. São eles: patologias embrionárias causadas por viroses, radiação ionizante (ex.: raios X) e certas substâncias e medicamentos.

Traumatismos

Os traumatismos podem ser divididos em traumatismos pré-natais, traumatismos durante o nascimento e traumatismos após o nascimento.

O trauma intra-uterino na fase pré-natal pode causar um subdesenvolvimento mandibular. O posicionamento inadequado do feto no útero materno pode causar assimetrias faciais que normalmente desaparecem um tempo depois do nascimento. O parto usando fórceps pode causar danos às ATMs e, conseqüentemente, anquilose mandibular. Os traumas após o nascimento também podem ter conseqüências, a depender da localização, extensão e fase de desenvolvimento do indivíduo. Traumas em crianças ainda sem dentes podem vir a ocasionar retenção dos dentes de leite, dentes mal posicionados e má-formação das raízes dos dentes de leite. Estes traumas normalmente não afetam os dentes permanentes. Após 4 anos de idade é que traumatismos nos dentes de leite podem afetar os dentes permanentes.

Fatores físicos

O método de amamentação é um fator etiológico importante no desenvolvimento da retrusão mandibular durante a dentição decídua. A principal vantagem de uma amamentação no peito materno, no que concerne à ortodontia, é a ativação da musculatura facial, bem como a protrusão mandibular. Este processo fisiológico, durante os primeiros meses, auxilia no desenvolvimento da mandíbula para frente, compensando a retrusão mandibular presente no nascimento. Mesmo os bicos anatômicos não compensam as vantagens da amamentação natural.

As crianças já podem mastigar, uma vez os molares decíduos erupcionados. É importante para o desenvolvimento normal da dentição que as crianças se alimentem com alimentos sólidos a partir deste momento. A insuficiente mastigação de alimentos sólidos pode afetar adversamente a formação das estruturas ósseas e o desenvolvimento normal dos maxilares.

A perda prematura dos dentes de leite também é um fator etiológico no desenvolvimento de anomalias da dentição. Primeiramente, a capacidade mastigatória é prejudicada, o que leva à falta de desenvolvimento ósseo. Secundariamente, o espaço para os dentes permanentes e o equilíbrio da dentição ficam comprometidos.

A respiração pela boca pode afetar o desenvolvimento correto dos maxilares.

Hábitos deletérios

Os hábitos que normalmente causam problemas no desenvolvimento facial e na dentição são os hábitos de chupar o dedo, a língua, os lábios e as bochechas, roer as unhas e mastigar lápis ou canetas.

Doenças

As doenças sistêmicas mais comuns que afetam o desenvolvimento orofacial são: síndrome de Franceschetti, disostose cleidocraniana, trissomia do 21, displasia ectodérmica, amelogênese e dentinogênese imperfeita e fissuras de lábio e palato.

As doenças locais que normalmente causam problemas no desenvolvimento orofacial são: doenças respiratórias, infecções no ouvido médio em bebês, causando danos na articulação temporomandibular (ATM), doenças gengivais durante a dentição mista, cistos e tumores, cáries e perda prematura dos dentes.